A Revolução continua...



Camaradas,

Quando este ano está prestes a acabar, o ano da falência das teorias neo-liberais quando ao "casinismo" do mercado capitalista, acompanhado pelo vergonhoso "engordamento" da alta finança, urge acreditar que estamos vivos. Vivos porque devemos arriscar mais, devemos amar mais, devemos sentir um desejo imenso de nos agigantarmos como transportadores de uma outra poesia, de uma outra liberdade onde caiba também a utopia. Faz parte, a utopia também faz parte. Tal como diz a cantiga "é o retorno da audácias, o desejo de por hoje ir mais além". Faz parte, querermos que a nossa audácia retorne, faz parte. Devemos levantar bandeiras que andam adormecidas e arriscar mais, devemos levar a nossa voz com sentimento e amar mais. Quando não se arrisca e não se ama, enterrámo-nos nas areias movediças do amorfismo, da caduca teia burocrática das instituições vigentes. Vai extinguir-se mais um ano, mas não se vai extinguir o desemprego, a precariedade, a violência, a discriminação... Também não se pode extinguir a luta toda. Devemos estar na rua pela luta toda. Sem excepções! Devemos arriscar, devemos amar, devemos fazer a luta toda. Faz parte, também faz parte.
Em 2010 vamos acreditar que o nosso punho vai erguer-se de forma determinada e solidária. Em 2010 vamos aproximar o coração da cabeça. O risco e o amor nascidos no coração, devem propagar-se à cabeça num processo dialético que conduza ao contacto com o povo e a liberdade. Como afirmou Guevara "um revolucionário nutre um grande sentimento de amor", e é esse sentimento de amor que a esquerda, a esquerda que ama, deve elevar ao vento para ser assobiado no espaço e no novo tempo que se avizinha. Faz parte, o amor também faz parte.
A Revolução é, acima de tudo, um acto de amor.
Desejo-vos, camaradas, um Bom Ano. Vivam, amem e lutem dentro das vossas capacidades e possibilidades, mas, principalmente, sejam felizes. Faz parte, a felicidade também faz parte.

Saudações revolucionárias.
Um grande abraço

Pedro F. Martins Pereira

Foto retirada do blog: http://scienceblogs.com.br/ecodesenvolvimento/2008/09/revolucao-verde-thomas-friedman.php


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Greve às compras no dia 24 de Dezembro



Sabia que, em 2006 e 2007, do bolo total de 'gastos' das empresas portuguesas, apenas 12,5% , em média, foram custos laborais (ou seja, salários)? doze-e-meio-por-cento?


... Nesse caso, como é possível que possa assim ser tão significativo o impacto do aumento de 25€ no salário mínimo (uma percentagem mínima desses 12,5%...) nas contas das empresas, a ponto de justificar isto ?

Quanto é que ganha quem toma estas decisões?

Andam a fazer de nós parvos. A desculpa da crise está a permitir que a finança e o 'direito a lucrar' pressione ainda mais os trabalhadores precarizados e explorados, the bottom of the food chain.

O Código de Trabalho que temos permite, por exemplo, o que a SONAE se propõe fazer: aumentar para 60h de trabalho a semana laboral nos hipermercados, consoante a necessidade da empresa na quadra dos ho-ho-hos. Não contratam mais gente, apesar do desemprego (e, logo, da disponibilidade de mão de obra), apesar do trabalho barato - sobrecarregam os trabalhadores que têm ao dispor, e não pagam horas extraordinárias, apesar dos lucros.


Por tudo isto, os trabalhadores dos hipermercados e supermercados marcaram uma greve, para o dia 24 de Dezembro.
Uma greve contra o direito a fazer as pessoas trabalhar 10h por dia (que, com o tempo de refeição e os transportes pendulares de e para o trabalho se transformam em 12h ou mais),contra o Código de Trabalho que temos, que legaliza escravaturas de várias formas e feitios, contra o que se adivinha: o desaparecimento de quaisquer regulações laborais em nome do mercado global, da diminuição constante do valor do trabalho face ao da finança especulativa, que vai indo, bem, obrigada.
Esta é uma greve bem pensada: num dia de pressão grande no mercado à conta das compras de última hora, num dia que é simbólico q.b.
Num dia que pode dar que falar.

... E esta é uma greve em que nós podemos todos ajudar:
BOICOTE OS HIPERMERCADOS E SUPERMERCADOS NESSE DIA.
Não faça compras.
Antecipe, ou adie.
Seja um não-consumidor solidário.
Dê força ao protesto - e passe mensagem...


Texto retirado do blog: oblogouavida.blogspot.com

Imagem retirada do blog: ideiaspaposebesteiras.blogspot.com


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"Um revolucinário tem grande sentimento de amor. Amor pela humanidade, amor pela justiça e amor pela liberdade."
Che Guevara


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Charles Chaplin



"Não quero renunciar à deliciosa liberdade de equivocar-me."
Charlie Chaplin


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CONTRA A CORRUPÇÂO : TRANSPARÊNCIA

As mais recentes revelações sobre acções de corrupção que delapidam muitos milhões de euros do erário público obrigam-nos a pensar que o remédio para estes males também está nas nossas mãos. Quer se trate de sucatas , Freeport , Portucale, CTT de Coimbra , quer se trate de submarinos ou quaisquer outras.

A mais completa transparência nos processos e a maior democraticidade nas relações, devem constituir a pedra de toque de qualquer instituição que se pretende democrática.

As corrupções e tráficos de influências, nas suas mais variadas formas, são como cancros que corroem a democracia e que promovem o afastamento dos cidadãos da politica, comprometendo, seriamente o funcionamento e a credibilidade das instituições democráticas.

A resposta dos cidadãos só pode ser uma: a participação activa e constante na coisa pública ( res publica), que leve a uma vigilância constante que seja preventiva das situações de desrespeito da legalidade e quando da exigência de uma intervenção da justiça, esta seja célere, completamente isenta e sem privilegiar ninguém.

Só com uma tal prática será possível repor uma verdadeira ética republicana e contribuir para credibilizar a actividade política como causa nobre que deve ser.

Esta foi a luta de tantos de nós antes do 25 de Abril de 1974 e não pode deixar de continuar a sê-lo, agora, que vivemos em democracia.

A democracia implica o respeito pela opinião alheia, mesmo que estejamos em desacordo com ela. A forma de, a ela, nos opormos é usando uma boa argumentação. A diversidade de pontos de vista só enriquece a democracia.

Daí resulta a necessidade de as maiorias circunstanciais deverem respeitar as minorias, igualmente circunstanciais, sem qualquer manifestação de arrogância ou de sobranceria.

A isto se pode chamar a cultura democrática e a sua implementação é obrigação de todos os que se reclamam de democratas.

A sociedade, no seu todo, só tem a ganhar com a estrita observância destas regras básicas.

Não pretendo dar lições a ninguém, nem arrogar-me acima da prática que vai sendo habitual na nossa sociedade. No entanto considero importante lembrar, de vez em quando, algumas verdades que parecem esquecidas nos dias que vamos vivendo.

O novo ciclo que se começa a viver pode e deve ser aproveitado para rever práticas que se mostraram erradas .

Os portugueses em geral e os matosinhenses em particular esperam que aqueles em quem depositaram a responsabilidade de gerirem os negócios públicos respeitem as indicações que foram dadas nas votações e não as corrompam com negociatas de gabinete. Essa é a regra básica que deve orientar a vivência de uma democracia sã.

Cumpre-nos estar alerta na defesa da qualidade de vida, bem como da qualidade da democracia em que nos for proporcionado viver.

Não estamos dispostos a permitir qualquer menosprezo pela liberdade de opinião, seja porque forma se apresente.

Não podemos pactuar com falta de transparência, mesmo que venha “empacotada ” com as maiores modernidades.

Concluo, que nos cabe a mobilização dos cidadãos para as questões que lhes dizem respeito. Há práticas que começam a ser implementadas em algumas autarquias do nosso país que levam a uma maior participação dos cidadãos.

Continuamos a pensar que este é um caminho a seguir para melhorar as condições de vida em Portugal e logo em Matosinhos.


José Ferreira dos Santos


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Comentário ao texto de introdução ao blog


A nota introdutória emocionou-me. Emocionou-me muito! Emocionou-me, não só porque conheço a Ana, mas também pela forma tão sadia e jovem como descreve que o mundo é feito de mudança, de tal modo que me revi tão jovem quanto ela na lucidez da dança das ideias. Emocionou-me porque estende a luta ao seu brilhante papel transformador, transformador da vida e das instituições, opondo a liberdade à podridão corrupta que gira em torno do poder neo-liberal. Emocionou-me porque opõe, mais uma vez, essa gigante imagem de nome liberdade ao grande capital manipulador e opressor, em nome de uma falsa democracia que lhes dá visibilidade, poder de decisão e exploração desmedida. Emocionou-me, por fim, porque estende a liberdade a esse imenso ardor que se acolhe no peito e que se exprime como amor – como mudança – como revolução.

Pedro F. Martins Pereira


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EU VI ESTE POVO A LUTAR



EU VI ESTE POVO A LUTAR
(Confederação)

Letra e música: José Mário Branco

Eu vi este povo a lutar
Para a sua exploração acabar
Sete rios de multidão
Que levavam História na mão

Sobre as águas calmas
Um vulcão de fogo
Toda a terra treme
Nas vozes deste povo

Mesmo no silêncio
Sabemos cantar
Povo por extenso
É unidade popular

Somos sete rios
Rios de certeza
Vamos lá cantando
No fragor da correnteza

Eu vi este povo a lutar
Para a sua exploração acabar
Sete rios de multidão
Que levavam História na mão

A fruta está podre
Já não se remenda
Só bem cozidinha
No lume da contenda

Nós queremos trabalho
E casa decente
E carne do talho
E pão para toda a gente

Ai, meus ricos filhos
Tantos nove meses
Saem do meu ventre
Para a pança dos burgueses

Eu vi este povo a lutar
Para a sua exploração acabar
Sete rios de multidão
Que levavam História na mão

Alça meu menino
Vê se te arrebitas
Que este peixe podre
Só é bom para os parasitas

Só a nosso mando
É que há liberdade
Vamos lá lutando
P’ra mudar a sociedade

Bandeira vermelha
Bem alevantada
Ai minha senhora
Que linda desfilada

Eu vi este povo a lutar
Para a sua exploração acabar
Sete rios de multidão
Que levavam História na mão


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